
Ainda bem que há vida inteligente na mídia e o portal Vermelho é um deles. Concordo quando o editorial diz que “os inimigos da China e do socialismo chinês não iam mesmo assistir de braços cruzados ao sucesso das Olimpíadas de Pequim (...) Alguma eles iam aprontar”.E mais, os editores afirmam que “o papel dos monges nos distúrbios merece um registro. Ele não se liga à sua condição de religiosos, mas ao status de classe dominante de que gozavam no sistema teocrático-feudal-escravista que veio ao chão depois da contra-revolução de 1959. É de estarrecer que um pedaço do planeta tenha chegado à segunda metade do século 20 sem uma única estrada, uma só escola laica ou lâmpada elétrica sequer, mas com uma classe dominante de aristocratas e monges da casta superior, que sujeitavam a maioria trabalhadora formada por servos e escravos”. Assim era o Tibet de que o dalai lama tem saudades. Uma de suas peculiaridades era o uso de seres humanos como montarias: como não havia estradas, os monges e aristocratas se locomoviam carregados nas costas de escravos ou servos.O excelente texto publicado no Vermelho também diz que 1,3 bilhão de chineses de todas as nacionalidades, a começar pela tibetana, com certeza não permitirão a volta desse passado. Continuarão a construir sua pátria que não se cansa de deslumbrar o mundo pela pujança do seu progresso, progresso que avança no Tibet em ritmos mais elevados que a média nacional.
E depois dizem que comunismo é coisa do capeta. Espero que os Jogos Olímpicos sejam os mais incríveis já vistos no planeta, e que por algum instante o mundo capitalista se curve ao progresso do que eles chamam de “fracasso”. E atletas de todo o mundo uni-vos! É isso!