quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Divino Espírito Santo


Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá.
Que não é o da crônica, mas sabe assoviar.
As sombras que o centro tinha já não aparecem por lá.
O sol quente de fevereiro é que me faz matutar.
Por causa de um devaneio, de um político matreiro
Ficamos sem Flamboyan, calor que calor que dá.
Se causa um problema certo, dá logo uma de esperto
Tira o sombreiro de perto e coloca um tronco reto
Pra nunca mais assombrar.
E como só isso não basta tinha que inventar.
A torre que pingava de cima não pode mais lamentar.
Com nome de Espírito Santo, o povo esperou funcionar.
Mas como nem tudo são flores só resta mesmo rezar.
As chuvas de fevereiro de certo irão concertar.
Se pro poeta o tempo não pára, ele escolhe é castigar.
E agora sem FGTS como fazer para melhorar?