“A
família passa por fases de desenvolvimento e mudanças que levam à necessidade
de uma constante reorganização, de maneira a mudar seus limites internos e
externos”, Márcia Goulart.
Está
longe o desenvolvimento de um sistema integrado multidisciplinar que acompanhe
os anseios da escola hoje no que diz respeito ao tratamento psicossocial aos
alunos, professores e, principalmente, para a família.
Para a
estudiosa no assunto, Márcia Goulart, “a família passa por fases de
desenvolvimento e mudanças que levam à necessidade de uma constante
reorganização, de maneira a mudar seus limites internos e externos”. E essas
mudanças são vistas a olhos nus. Hoje, raramente, encontramos um núcleo
familiar nos padrões chamados convencionais (pai, mãe e filhos), isso, não
deixa de ser uma questão problemática, mas outros entes que cumprem esse papel
devem ser responsáveis pela educação do indivíduo que vai para escola e lá
encontra outras realidades.
O ideal é
que toda escola invista em um profissional com conhecimento da mente humana. Há
uma necessidade gritante em profissionais especializados em psicopedagogia,
principalmente.
“O
trabalho psicopedagógico requer do especialista uma real percepção de si, de
maneira a não se deixar levar pelos próprios valores durante a intervenção.
Isso porque o reconhecimento de um problema de aprendizagem e a intervenção
mais adequada para solucioná-lo será resultado da bagagem cultural que ele traz
consigo e que interferirá na sua capacidade de observação e análise de cada
caso”, diz a estudiosa.
Ela
também fala que a atuação psicopedagógica, enquanto protetora e facilitadora
das relações, repercutirá em envolvimento na manutenção de um sistema familiar
com uma saudável circulação do conhecimento, possibilitando o equilíbrio de
poder entre seus membros, clareza na definição de papéis e de limites.
Enfim, a intervenção
psicopedagógica buscará não se limitar à compreensão da dificuldade, mas à
aquisição de novos comportamentos que levem à sua superação.