sábado, 29 de agosto de 2009

O cigarro adverte: governo é prejudicial à saúde



“Falar de mim é fácil, o difícil é ser eu”, ditado popular.

Parece até que peguei pesado, mas tá leve... Levíssimo! Puxa vida, agora não tenho direito de fumar meu cigarrinho nem em locais arejados e que não incomodam ninguém. É pra não sair de casa mesmo. Dificilmente vão me encontrar mais em algum boteco. Não se pode fumar nem em tabacaria. Onde já se viu isso?
Na sexta fui ao lançamento do livro de Aríete Moulim. No Ciac. Mesmo do lado de fora e ao mesmo tempo dentro das dependências da escola me policiei “não vou fumar”. E não fumei. Pratiquei o tal do pensamento positivo. Depois de amanhã faz três dias que não fumo. Consegui. Só no primeiro dia.
Se vou ao shopping não posso acender o isqueiro, se tô na cafeteria muito menos. Só posso fumar dentro de casa, aí a mulher reclama. Antes, pitava escondido no banheiro do shopping. Daqui a pouco essa diabrura só poderá ser feita em casa. Não tem lugar mais para o cigarro em vias públicas e privadas. A culpa é do governo. Aliás tudo de ruim que acontece também.
Querem me dizer o que posso e o que não posso fazer. Direitos têm aos montes, mas deveres que são bons, nada. Onde está a garantia de que se eu parar de fumar hoje terei um tratamento decente em um posto de saúde? Com certeza vou para a fila da senha, e espera causa ansiedade e isso dá vontade de fumar.
Leio os jornais e diariamente me deparo com atos secretos, encontros às escondidas, negociatas entre legisladores e executivos em troca de cargos com altos salários... Não dá, tenho que fumar.
Não quero aqui fazer qualquer tipo de apologia ao cigarro, até porque não estou ganhando merda nenhuma com isso, pelo contrário, apenas eu, e somente eu quero ter o prazer ou desprazer de dizer para mim mesmo: agora chega!