sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Caminhando, navegando e seguindo a canção






"A parte que ignoramos é muito maior que tudo aquilo que sabemos", Platão.



Em abril de 2012 a Folha do Espírito Santo completou 15 anos de circulação diária. Desde o início, sob forte pressão de “amigos”, “inimigos”, chuvas e trovoadas, permaneceu firme ao longo dos anos com sua linha opinativa e investigativa. Uma verdadeira extensão da ‘brainstorm’ de seu fundador, o jornalista Jackson Rangel Vieira.

Pela Folha passaram grandes jornalistas que atuam hoje em outras empresas, vertentes e linhas editoriais, mas é indiscutível que a antiga sede do bairro Recanto, em Cachoeiro de Itapemirim-ES foi uma escola para grande maioria dos que atuam ainda hoje como articulistas, colunistas, repórteres e editores locais, estaduais e até nacionais.

Se um jornal diário era inconcebível para tantos, imagine a ideia de circular dois periódicos no mesmo dia. Para delírio dos filósofos platônicos, essa ideia foi para o papel, ou melhor, para gráfica e a cidade conheceu a Folha da Tarde. Duas equipes: uma para a Folha da Manhã outra trabalhava exclusivamente para o jornal da tarde.

Posteriormente, sempre insatisfeito com a satisfação que lhe foi permitida, Jackson não parou e inovou mais uma vez com a criação da Revista Leia. De circulação semanal. Parece muito, mas para o jornalista, que apesar dos mitos e folclores sobre a figura por trás da Folha do Espírito Santo, por incrível que possa parecer, ele é um simples ser humano, portanto um constante insatisfeito...

Ainda com as edições impressas, que suscitaram no surgimento de outros jornais, a Folha foi também pioneira na edição online. Primeiramente modesto, o site apenas publicava o que o saía no jornal impresso do dia seguinte. Hoje a história se inverte.

Com sede própria, o jornalista fundou a Editora LEIA em 2005 que edita o jornal e revista impressa, além da edição online, hoje a “menina dos olhos” do jornalista.

O portal folhadoes.com veio mais uma vez como novidade. Os investimentos da editora estão voltados para a nova geração de leitores virtuais, com a mesma linha opinativa, informativa, além de sair na frente com as notícias que não esperam mais o dia seguinte.

O investimento em inovações tecnológicas pelas editoras é inevitável e a Folha do Espírito Santo já galopa na frente com o dinamismo do portal, que já conta com, além das notícias, programas de entrevistas como o Café.com, de opinião, Falando Sozinho, e transmissões ao vivo.

Portanto, a era digital para os jornais começa cheia de ferramentas e é caminhando, cantando e seguindo a canção da partitura do futuro que a Folha anda novamente rumo às inovações. E como diria o poeta Fernando Pessoa: “navegar é preciso, viver não é preciso”, afinal, o futuro a Deus pertence.

*Jornalista, editor do portal folhadoes.com, psicanalista e professor.