quinta-feira, 27 de junho de 2013

Eis a mulher



“Não há nada mais importante que a mulher, o resto é bobagem”, Oscar Niemeyer.

Do que as mulheres gostam? Não sei. Também não importa. Importante mesmo é a própria existência da mulher. A maior obra de arte da história: o corpo feminino. Toda a produção de beleza posterior é insignificante. Elas adoram maquiagem, sapatos, bolsas, vestidos acessórios e por aí vai uma infinita vaidade que a faz se sentir mulher. Para o espelho é perfeito. Homem não liga para essas coisas. Nós temos uma fantasia. Ter, ao menos um instante, os poderes do super-man. Voar é para os pássaros. Estou falando da visão de raio x. Comer com os olhos. Assim, nenhuma nudez será castigada e sim exaltada.

Rubem Braga, no trecho de "Ao crepúsculo, a mulher...", diz: "(...) Contemplo-a... Não, Deus não tem facilidade para desenhar. Ele faz e refaz sem cessar Suas figuras, porque o erro e a desídia dos homens entorpecem Sua mão: de geração em geração, que longa paciência Ele não teve para juntar a essa linha do queixo essa orelha breve, para firmar bem a polpa da panturrilha. Sim, foi a própria mão divina em um momento difícil e feliz. Depois Ele disse: anda... E ela começou a andar entre os humanos".

O que seria de nós sem as mulheres... Não nasceríamos do aconchego do útero, mas da lama. Não passaríamos nove meses sendo amados sem mesmo ser conhecidos pelo mundo. A mulher é misteriosa, imprevisível. Não existe mesmo mulher feia e nem é porque alguém bebeu pouco, é porque a beleza tem várias faces e nas mulheres está em todas. Simone de Beauvoir já dizia que “não se nasce mulher: torna-se”. 

Dizem que as inteligentes afastam os homens. Mas qual homem não fica abobado quando vê uma saia? Sem raciocínio, sem lógica e atordoado. Todas são mais inteligentes, porque ficamos menos quando estamos perto delas. Já disse o poeta Carlos Drummond de Andrade: “Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer.”

Quanto a entendê-las é outro caso e, por isso, criar caso. Carpinejar está certo quando diz que “você somente se apaixona pela mulher que jamais entende, que é um mistério, que é motivo de metade da conversa com seu terapeuta”. 

Mulher é para comer, rezar e amar. Amo a minha, a mãe, as irmãs, as amigas. Rezo agradecendo a Deus por elas existirem e como, com trocadilho, por favor, mas sem vestido.