quinta-feira, 20 de junho de 2013

Só não vale xingar a mãe



"As revoluções são as festas dos oprimidos e explorados", Lenin.

Não acredito em manifestação sem liderança e com propósitos particulares... Cada um quer uma coisa diferente. Eu quero acabar com a música sertaneja. Já fiz o meu cartaz. Também quero café com açúcar. Esse negócio de adoçante me tira do sério.

Pode dizer o que quiser. Só não vale xingar a mãe. Aí vira pessoal e peço proteção policial à tropa de choque ou uma liminar tucana para tentar impedir a baderna organizada via internet. É a revolução tecnológica. Pode isso, Ronaldo? Pergunta Gavião Bueno ao Fenômeno barrigudo que prefere estádios luxuosos a hospitais de qualidade para a população que nunca bateu uma bolinha no Barcelona.

Outra coisa estranha é que geralmente filho feio não tem pai e os protestos estão tentando ser adotados de todas as formas ilegais por vários políticos. Querem é vender os órgãos e as concessões públicas depois da criança pronta. A foda virtual foi boa e nove meses depois vêm quatro ou sete partidos da puta que os pariu para o teste de DNA. Não adianta. O rebento é rebelde. Não tem pai, mãe, partido, ideologia, nada. Apenas pernas.

A mamadeira não custa vinte centavos. Quem ainda mama é o acordo pré-nupcial inescrupuloso entre executivo e legislativo, mas ninguém quer pagar a conta do leite. A vaca que vá para o Brejo Grande do Norte, porque do Sul não cabe mais cana de açúcar da Usina Paineiras.

Na verdade, como diz o grande fugitivo e cantor Belchior, “eu não estou interessado em nenhuma teoria, em nenhuma fantasia, nem no algo mais, nem em tinta pro meu rosto ou oba oba, ou melodia, para acompanhar bocejos... Sonhos matinais...”.

Lembro do sonho de um velho porco de criar um local governado por animais. Em “A revolução dos bichos”, de George Orwell, descobrimos que uns animais são mais iguais do que os outros. E, por isso, todo cuidado é pouco para que a “festa” seja de gala para o povo e pelo povo.