segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O acaso tem dessas coisas



"O psicoterapeuta não deve contentar-se em compreender o doente; é importante que ele também se compreenda a si mesmo", Jung.

Combinei com a minha terapeuta que no domingo iria só fazer coisas prazerosas. Deixar as preocupações, trabalho e estresse para a semana. Acho que consegui, mas também tive que pedir ajuda aos “universitários”.

Já no feriado de sábado comecei com o pé direito. Churrasco na casa dos amigos. É claro que falamos de coisas ligadas ao trabalho, mas, de forma leve, sem pressões. No domingo, meu irmão foi almoçar conosco e depois fomos a casa recém-construída de minha irmã caçula. Ela mostrava cada cômodo como se fosse um castelo à parte.

Na volta, lá pelas 14h, perto da Ponte do Arco no bar do Gambá, estavam Alcélio e Regina Monteiro. Paramos, eu e minha esposa, para continuar o bate-papo que começara no sábado. De literatura, música, jornalismo, psicanálise até neurociência, além, lógico, torresmo, futebol e outras coisas.

Regina liga para Wagner Santos, antes, Ilauro Oliveira aparece e senta com a gente. O domingo passou e ninguém viu se foi em direção ao Baiminas, União ou se seguiu direto para a Rodovia do Frade. Só sei que a conversa estava boa e ao fundo som de Belchior.

Queira ou não, a nossa existência se resume a uma sucessão de instantes passageiros, uns bons outros ruins. Se neste mundo não há lugar para as coincidências nem para as probabilidades, como pensa Haruki Murakami - 'Em Busca do Carneiro Selvagem', não estaria vivo. O acaso tem dessas coisas, promove encontros que, normalmente, revigoram a gente.

Um fato imprevisto de um encontro casual redondamente redundante para ver se repetimos, por sorte ou destino. Pode ser combinado, não ligo. No sábado, com Juliana, Felipe e Robson Sabadini brindamos “viva a vida”. No domingo fechamos a conta e saímos no lucro.

Chegamos em casa e ouvi “Baião de Lacan”, voz de Leila Pinheiro, por indicação do Ilauro. Ele e o Wagner, grandes entendedores dos bastidores da política local só não entendem de futebol. São flamenguistas.

Acordei renovado na segunda-feira. Tirando as delicadas mensagens “otimistas” pela derrota tricolor no Fla x Flu de domingo. Tudo bem. Afinal, “eu vos digo que o melhor time é o Fluminense. E podem me dizer que os fatos provam o contrário, que eu vos respondo: pior para os fatos”, Nelson Rodrigues.