"Todo recomeço é dolorido e envolve muito sofrimento... Mas se
realmente se faz necessario, não adianta lamentar... É preciso ir em
frente", Kelson Kizz.
A superexposição da fratura na terceira vértebra lombar,
sofrida na última sexta-feira, durante a vitória por 2 a 1 da seleção
brasileira sobre a Colômbia, já foi divulgada mais do que o suficiente. A lesão
deixou Neymar fora da reta final da Copa, mas a luta continua e rever
continuamente o fatídico episódio não ajuda os jogadores. A pancada foi nele,
mas o trauma é relembrado por toda a imprensa 24 horas por dia.
A notícia é a mesma. Não tem novidade. Acabou a competição
para o rapaz e a obrigação de vencer não será pelo Neymar, mas pelo Brasil. Não
quero 11 camisas 10 em campo, quero a seleção jogando em equipe para vencer a
Alemanha.
Ele mesmo, o jogador do Barcelona e criado no Santos,
recusou a possibilidade de realizar um tratamento alternativo, com infiltrações
de analgésicos, para que tivesse a possibilidade de entrar em campo numa
eventual decisão. Neymar não recusou porque confia nos companheiros, mas seus
"conselheiros" devem ter lhe advertido que estes medicamentos, antes
testados em cavalos, eram terríveis para as articulações, ligamentos e diminuíam
a vida útil dos animais.
Atletas já possuem prazo de validade curto. Vale a pena
arriscar a carreira para realizar um sonho? O bom senso, aliado ao capitalismo,
claro, não permite.
O departamento médico do Barcelona queria saber se havia um
fundo de verdade. Se um "patrimônio" seu, avaliado em R$ 300 milhões,
seria exposto a essa loucura. A CBF negou de forma absoluta. Mas era preciso
conter a opinião pública. Na Internet virou uma febre a possibilidade do
atacante jogar na final, aliás esqueceram da Muralha de Berlim, que vamos
enfrentar hoje.
Jogo é jogado e peixe é pescado. Vamos dar um tempo ao
garoto. Outros jogos, outras Copas virão e muito dinheiro ainda cairá na conta
de Neymar. Ajuda psicológica? Claro que ele e os jogadores precisam, afinal estão
numa semifinal, mas psicoterapia vale também, principalmente, para a torcida.
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