sexta-feira, 26 de setembro de 2014

A hora neutra (Ecos da Bienal)




"O tempo cronológico é apenas o tempo que passa. Mas a experiência do tempo não passa tão simplesmente, somos nós que passamos por ela", Márcia Tiburi.

Rubem Braga continua sendo fascinante. Nos bastidores da V Bienal Rubem Braga, antes da mesa (ou debaixo dela) "A formação do pensamento crítico na literatura", conversava com os escritores Paulo Franchetti e Márcia Tiburi sobre algumas coisas de Cachoeiro e as crônicas do velho Braga de minha preferência. Eis que surge "Eu e Bebu na hora neutra da Madrugada".

Paulo disse, na ocasião, que por ser o diabo em pessoa o fiel escudeiro do cronista no texto, durante um dia inteiro, que se tratava de um conto. Ora, verdade seja dita, Bebu (apelido dado a Belzebu por Rubem Braga)  pode até não existir, mas e a "hora neutra"? Sem sombra maligna nenhuma de dúvida... Até os incrédulos podem perceber que existe! É um momento propício para introspecção, produção e leitura. A diferença é que em "minha hora neutra" nenhum ser natural ou sobrenatural me incomoda.  

Márcia escreveu um texto, publicado em 2007, intitulado "O desejo do tempo". Brilhantemente, utiliza uma referência de Santo Agostinho: "o tempo é algo complexo demais, sendo muito difícil para cada um explicá-lo. Tanto quanto é fácil de entender, pois estamos nele desde sempre". Ela conclui a reflexão dizendo que tempo nos possui e não o contrário.

Entretanto, conforme o diálogo sinistro de Rubem Braga com o próprio coisa ruim, "a madrugada tem uma hora neutra que há muito tempo observo. É quando passo a tarde toda trabalhando, sem parar, e depois ainda trabalho até a meia-noite na redação. Estou fatigado, mas não me agrada dormir. E aí que vem, não sei como, a 'tal hora neutra' da madrugada".

E não adianta cantarolar "O tempo não para", de Cazuza. Na "hora neutra" para. Há testemunha, mas ninguém que conheço vai querer acareação com o dito cujo. A não ser que, quando amanhecer, em vez de dormir vá a alguma igreja macedônica, feliciânica ou malafaica.    

Prefiro acreditar em Rubem. Se ele observou, a "tal hora neutra", está observado e ponto.

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Diversidade

No dia 02 de outubro, na Centro Universitário São Camilo, das 08 às 12h, Acontece o I Seminário sobre Diversidade de Gênero.


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Feira literária



A Feira Literária da Escola Anacleto Ramos foi um sucesso. Vários escritores cachoeirenses prestigiaram o evento, as apresentações e conversaram com os alunos. Destaque para oficina de mangá. Os estudantes dos sextos e sétimos anos do ensino fundamental reproduziram fotografias de autores cachoeirenses em estilo japonês.

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Moxuara em São Pedro

Melodias de viola caipira, tambores de congo, músicas bolivianas, além de ritmos bem brasileiros estarão no palco Dominguinhos, em São Pedro do Itabapoana, no próximo dia 27 de setembro. É que o grupo Moxuara, de Cariacica, será atração do programa Vem Viver o Patrimônio. A banda capixaba está patrocinada nesse evento pela Secretaria de Estado da Cultura – Secult e promete embalar o público a partir das 22h do sábado, 27, com o "Aventura", álbum que inspira o show, que foi idealizado para ser o elo entre a tradição e a modernidade, para valorizar, divulgar e popularizar uma música que retrata a alma do povo brasileiro e reproduz o encantamento das cidades do interior.

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Trio de ouro



Trio de ouro e de distribuição de Ippons do Judô Clube Cachoeiro. Valeu Igor, Samara e Felipe. Sucesso e Campeões no 46º Torneio Periquito de Judô realizado em São Paulo nos dias 12 e 13 de setembro. Venceram todas lutas por ippon. Perfil eclético

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Paranauê!
Neste fim de semana, Cachoeiro de Itapemirim recebe mais de 400 capoeiristas, de diversas cidades da região Sudeste do país, para o VI Encontro Nacional Mocambos Capoeira: Rufar dos Tambores. O evento, que começou ontem, vai até domingo (28), em três bairros do município: Gilson Carone, Centro e Alto Coramara.

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Eclético



Alex Krüger (músico, cantor,compositor e poeta), nascido em Califórnia, distrito de Santa Leopoldina, atualmente reside em Cariacica há 25 anos. Tem um estilo eclético que vai do blues, rock e percorre ainda o regional,  além de sempre utilizar repertório próprio.
Não é por menos. Suas referências são Raul Seixas, Zé Ramalho, Zé Geraldo, rock nacional, Celso blues boy, Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath, Ruch, entre outras.
Contato: alex.zerohora@hotmail.com


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Na estante:



Thalassa - Ensaio sobre a teoria da genitalidade - Sándor Ferenczi
Ferenczi publicou este ensaio sobre a teoria da origem da vida sexual em 1924, após alguns anos de reflexão sobre o tema que o interessava muito.
Impressionado pelos "Três ensaios sobre a teoria da sexualidade", de Freud, que traduzia para o húngaro nos momentos de folga durante seu serviço militar, Ferenczi resolveu aplicar certos modelos psicanalíticos ao estudo da fisiologia dos órgãos, das partes de órgãos, dos tecidos, enfim. Trabalhou também no sentido inverso, utilizando conhecimentos tirados do campo da biologia para compreender fenômenos psíquicos. Resultou daí este romance de ficção "bioanalítica" onde Ferenczi traça as grandes linhas de uma teoria da genitalidade.

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Bate-papo

O escritor Marcelo Grillo é o próximo convidado para a sabatina com os alunos da Escola Estadual Professor Francisco Coelho Ávila Júnior.

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Música (de qualidade, claro!)