“O futebol é a coisa mais importante dentre as menos importantes”,
Milton Neves
por Roney Moraes
Vai encarar? Creio que não! Diz o ditado popular que
religião, política e futebol não se discutem. Eu acho isso uma besteira porque
sou católico, socialista e tricolor com muito orgulho. Quem quiser que compre a
“briga”. Vendo baratinho. Preço de chuchu.
Como não discutir religião? Podem os sociólogos me desmentir
se disser que a crença em determinada denominação é um fenômeno digno de estudo
quantitativo e qualitativo? Se os protestantes crescem, por outro lado, a
Renovação Carismática, contra-ataca como a reforma e contra-reforma. É
história! E estamos vivendo isso neste momento. Não há como ignorar o fenômeno
e o trânsito religioso (aqueles que vão de igreja em igreja a procura de algo
que não vão encontrar nunca. A não ser que sosseguem o facho).
Sobre a política, nem preciso dizer muito. Basta lerem os
analistas mais conceituados como Wagner, Ilauro ou Leandro. O que eu posso
fazer é o seguinte: o preço da vaca, quer dizer, do voto, vai ser R$ 120,00
(cento e vinte). Mentira! Isso não é verdade. Ninguém paga boca de urna em
Cachoeiro de Itapemirim, Mimoso, Marataízes, Muqui, Castelo, Alegre...
Presidente Kennedy... Presidente Kennedy... Presidente Kennedy. Óh Presidente
Kennedy! Não sei se é para rir ou para chorar. Já esgotei minhas lágrimas.
Agora eu quero gritar. Merda!
Só o futebol “me alivia a alma e me acalma quando é
preciso”, já dizia Zé Geraldo. Campeão carioca de 2012. O Fluminense é, sem
dúvida, o melhor do mundo. Perguntem ao vereador David Loss, ao funcionário
público Valério Depollo, ao Alexandre Maitan, ao meu avô, meu cunhado e meus
tios Waguim, Walter, e Antônio da Caixa. Se eu esqueci de alguém é só ir a um
jogo do Fluminense no bar do Cascão no Baiminas e perguntar qualquer um por lá:
quem é o melhor entre os times do mundo? Unanimidade! Meus caríssimos. Eles vão
confirmar o que estou dizendo. Testemunhas sem qualquer suspeita.
Se ainda duvidarem pode recorrer as crônicas de Nelson
Rodrigues, aos comentários de Chico Buarque, Jô Soares, Artur Moreira Lima,
dentre outros...
Pois bem. Opiniões e brincadeiras à parte, já está mais do
que na hora de derrubarmos velhos hábitos e deixarmos as discussões acontecerem
naturalmente. Quem é que não crê em algum poder superior. Até o ateu crê.
Torcedor no país do futebol é o que não falta. Partidários de A ou B então...
Eleição não é brincadeira. Quem diz que religião, política e futebol não se
discutem ou não têm argumento ou são covardes. Está na hora de acabar com esse
ditado bobo e feio!
* Psicanalista,
jornalista e teólogo