“Muitas vezes é a falta de caráter que
decide uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons
sentimentos...”, Nelson Rodrigues.
Enquanto meia dúzia de “profetas do caos” espalha veneno
nas redes sociais e faz burburinho contra a Copa do Mundo no Brasil, quero
aqui, de uma vez por todas, dizer que minha rua está cheia de bandeiras, meu
álbum vai de vento em popa e que a maioria do povo brasileiro quer sim ver os
jogos em casa.
Não sei de onde vem tanta desinformação que, na atualidade,
é propagada como um tiro de meta (quase sempre a bola cai na cabeça do
adversário). Parem e pensem. Os
visitantes merecem tratamento cinco estrelas, como as que os jogadores levam no
peito.
Na verdade, existe uma campanha politiqueira e explícita
contra a Copa do Mundo no Brasil. Minúscula, mas chata e barulhenta é a equipe
do contra. Aliás, eles são contra tudo, não só à Copa. Contra comida na mesa do
pobre; contra aquisição de bens e lazer dos operários, como carros, viagens
aéreas e moradia... Contra o ingresso dos que não teriam condições financeiras nas
universidades. Generalizando (de propósito), para os “anticopa”, o filho da
empregada não pode estudar na mesma faculdade do rebento do patrão. É um
absurdo... Aonde vamos parar (sic)?
As manifestações contra a Copa estão aí, mas sabemos
muito bem quem e quais “técnicos” articulam o esquema tático kamikaze. Estes
pontas de aterro nada mais são do que profetas do pânico. Não preveem
absolutamente nada, só tentam enfiar um cabeça de área (para não dizer bagre) na
opinião pública e fazer gol contra tudo e contra todos.
É uma contradição. O país pentacampeão mundial ser o
único do planeta a fazer uma festa mixuruca. Talvez tenham razão os “psicocopas”
(psicopatas da copa) e o verdadeiro profeta da depressão pós-partida seja
Nelson Rodrigues. Após a derrota para o Uruguai em 1950, o cronista analisou
como um psicanalista o eterno medo que muitos brasileiros têm de que as coisas
saiam errado no final e que a nação dê vexame diante do mundo. A esta enfermidade
ele classificou de “complexo de vira-latas”, ou seja, a ideia de que o
brasileiro nasceu para perder, para errar, para sofrer. Não somos
hipocondríacos.
Bom, apesar disso... Vai ter copa, nem que seja preciso
chutar as duas bolas da oposição. Porque, como na canção “Toda Forma de Amor”: eu
não nasci pra perder, nem vou sobrar de vítima das circunstâncias. Eu tô
plugado na vida, eu tô curando a ferida!