“O passado é uma roupa que não nos servem mais”, Belchior.
Chegou a hora de acabar com essa palhaçada tucana bicuda de
que quem vota na Dilma é “desinformado”. Essa foi mais uma cutucada infeliz de
uma velha ave carniceira que prefere vender o almoço brasileiro (como todas as
estatais) para comprar a janta. Em Paris, de preferência.
Se quem não vota em tucano for tão burro assim, como ruminam
as próprias vacas loucas sociais antidemocráticas, então, meu amigo, sou idiota
de carteirinha. Assumido. Cuspido e escarrado na face esquerda (não sou santo
para dar a outra face, ainda mais a direita) de tanto levar porrada na
famigerada era FHC (‘Fi’ duma “H” égua
Catastrófica).
Dizer que sou desinformado é fácil. Difícil é ter que aturar
os aposentados “vagabundos” (sic), descritos pelo ex-presidente tucano, em
plena campanha para Aeroécio e sua corja voadora. Não vou falar em aeroporto.
Não interessa agora, pois ainda não possuo asa, nem em Arapiraca.
Não é preciso voar alto para saber o que passaram nossos
vizinhos que adoram pão de queijo. O Sindicato Único dos Trabalhadores em
Educação de Minas Gerais divulgou uma carta aberta de repúdio ao presidenciável
que foi derrotado no primeiro turno em seu próprio berço esplêndido político.
No texto, intitulado “O que Aécio fez em Minas serve para o
Brasil?”, os professores comentam as irresponsabilidades gerenciais de Aécio no
período em que foi governador, transformando Minas no estado mais endividado do
Brasil.
Milhares de professores, alunos e comunidades foram
extremamente prejudicados pelo governo de Minas Gerais em 2011. Eis algumas
informações:
1) O Governo mineiro investe apenas 60% do total dos
recursos que deveria investir em educação. O restante vai para fins
previdenciários;
2) Desde 2008, há uma diminuição do investimento do governo
estadual em educação;
3) No que se refere à qualidade da educação, o Estado de
Minas Gerais tem resultado abaixo da média da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE);
4) Apenas 35% das crianças mineiras até cinco anos
frequentam estabelecimentos de ensino em Minas Gerais. Onde está o direito à
educação de 65% destas crianças?
5) nos últimos seis anos houve uma redução de matrículas no
Ensino Médio de 14,18%;
6) O passivo de atendimento acumulado no ensino médio
regular entre 2003 e 2011, seria de 9,2 milhões de atendimentos. Isso quer
dizer que nem todos os adolescentes tiveram o direito de estudar garantido;
7) Minas Gerais, comparativamente à média nacional, tem a
pior colocação em qualidade da escola: 96% das escolas não têm sala de leitura,
49% não têm quadra de esportes e 64% não têm laboratório de ciências
8) O programa professor da família não atinge as famílias
mineiras que necessitam de ajuda e tampouco é feito por professores, mas por
pessoas sem a formação em licenciatura;
9) O Estado não tem rede própria de ensino
profissionalizante, repassando recursos públicos à iniciativa privada.
A respeito dos dados sobre o sistema de avaliação são pouco
transparentes, com baixa participação da comunidade escolar e ninguém tem
acesso à metodologia adotada para comprovar a sua veracidade.
Quanto à valorização dos profissionais da educação relatada nas peças publicitárias, a baixa participação em inscrições para professor no concurso que a Secretaria de Estado realiza comprova que esta profissão em Minas Gerais não é valorizada.
Em 2011 o governo mineiro assinou um termo de compromisso
com a categoria se comprometendo a negociar o Piso Salarial na carreira. Mas,
como diria o repórter televisivo quando vai a um bairro fazer uma matéria sobre
um buraco no meio da rua: “não cumpriu”. O presidenciável voador aprovou uma
lei retirando direitos, congelando a carreira dos profissionais da educação até
dezembro de 2015. Quem sabe quando for presidente? Se privatizar o freezer pode
ser que os salários descongelem.
*Todas as informações
são comprovadas por dados publicados pelo próprio governo estadual. “Desinformados (as)”
são as senhoras suas mães!