“O caminho do inferno está pavimentado de boas intenções”, Karl Marx.
Não é muito, mas o bastante para começar uma nova jornada
platônica pelo mundo das ideias. Só tenho uma coisa a dizer, uma folha para
escrever e um fiasco de tinta para imprimir: “Luto!” O resto fica no
pensamento.
Lembrei de uma campanha vitoriosa do ex-vereador Almir Forte
(PCdoB) numa eleição, na década de 1990, em que, sozinho, precisava do
quantitativo total de uma coligação inteira para se eleger. Nenhum partido quis
compor com a sigla. A palavra de ordem era essa: “luto!”
Lutamos então... E da soma dos quadrados dos catetos (com os
bóson de higgs) da hipotenusa, dividido pela raiz quadrada de 12 mil deram o
coeficiente eleitoral necessário para que os números fossem favoráveis. Naquela
época, o povo necessitava de representação, ainda necessita (só que se esquece
das conquistas). Hoje, apesar dos pesares, é mais uma vez manipulado pela elite
neoliberal disfarçada de ovelha colorida com bico e que bota ovo.
Os ornitorrincos brasileiros têm o rabo preso e venenoso.
Não se esqueçam disso. Eu não esqueço. Não nasci ontem... Desde anteontem – e
isso faz quase 20 anos - já militava pela igualdade, ao menos mínima, de
condições para quem não tinha nenhuma. Não precisava, mas estive lá. Aliás,
ainda estou.
E sempre fui “amaldiçoado” por isso. Entretanto, maldição liberal
é igual cerveja sem álcool. Só serve para encher a bexiga.
Parte desse quadro (bêbado e equilibrista) é culpa sim da
coligação que está no poder há mais de uma década. Entre erros e acertos fico
com os acertos, a ampliação de vagas nas universidades, as condições dadas para
quem não tinha a menor chance de ser um mestre ou doutor sem fronteiras... As cotas,
que simbolizam uma dívida histórica com os descendentes de um povo escravizado
fisicamente e que na atualidade é tentado a ser escravo ideologicamente.
Fico também com os programas sociais que tiram milhões da
miséria. Para algumas madames é inadmissível a empregada cobrar carteira
assinada e chegar ao trabalho motorizada. Uma heresia marxista dos infernos.
Existe uma máxima de que quem bate esquece, mas quem
apanha... É por isso que lutei e continuo lutando.
Pois bem, voltando à luta, é um luto sem melancolia. De
alegria, caminhada. Pensei que era o fim da história, mas a luta continua e
sempre vai continuar meus camaradas companheiros. Basta uma ideia, um papel e uma caneta... O
arsenal está pronto. Agora é partir para linha de frente!