sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Manifesto coletivo



“Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”, Geraldo Vandré

Diante do (im)passe e do caos instalado no transporte “público” de Cachoeiro de Itapemirim, eis a questão: quem pega a linha “integrada” paga mais ou o dobro? Se fosse seis por meia dúzia não estaria aqui dando um “ponto” para quem responder essa pergunta. Um? Não! R$ 2,45. Passagem só de ida... Para o centro, lógico. Além disso, seria muito para meu pobre bolso. Ir e vir custa caro, na verdade muito mais do que um saco cheio.

Acontece que o limite entre o bom senso e a esperteza fez chegar ao fim da “linha” a paciência dos trabalhadores e usuários dos coletivos que, na contramão, não trafegam nos locais que mais são necessários. Desnecessário, isso! Ofertar um serviço que não atende a demanda ou mudar as regras do jogo no fim do campeonato.

O contrato com o município acaba em 2015. Ano em que esta gestão poderá acabar com o monopólio. Lembre-se que antes de muitos nascerem a empresa já atuava na cidade e o atual governo tem dois mandados. A culpa não é só dos políticos. É deles, da regulação e do povo que os elegeu e permitiram este monopólio indecente. Já passou da hora de liberar vans nesta cidade. Colocar a culpa no outro é fácil, quero ver ir pra rua e lutar pelos seus direitos. Diga-se de passagem, parabéns aos corajosos moradores do Coramara e Gilson Carone que colocaram a cara a tapa em prol de todo o coletivo (que não tem nada a ver com ônibus).

Deveria acontecer um boicote, como o de meados da década de 1950 na cidade de Montgomery, Alabama-EUA. O que está acontecendo na cidade também é uma segregação, só que econômica. Neste caso, esperar que Deus ajude quem cedo madruga é uma heresia contra a fé do povo trabalhador. A mesma fé ele tem em falsos profetas editados nos programas eleitoreiros.

Agora chega. Todos querem o troco certo. Este negócio da China (de comprar cem e poder usar só seis passagens ao dia) passou do “ponto final”. Não há nada mais saudável do que caminhar. Juntar os amigos e gastar um pouco mais com outro meio alternativo. Ou aqueles que possuem veículos... Levem seus vizinhos. Trabalhadores... Uni-vos! Quem “pega” ônibus é guindaste!