“Algumas vezes a doença pode nos ensinar o que a vida tem de valioso e
nos permitir a vivê-la mais intensamente”, Olivers Sacks.
A regulamentação das Comunidades Terapêuticas, ao contrário
do de pregam algumas entidades classistas, é sim uma conquista para todos os
usuários deste método que existe antes mesmo de qualquer insinuação ou teoria
mentalmente desequilibrada.
"Após muita luta, debate e reuniões, a aprovação do Marco
Regulatório das Comunidades Terapêuticas põe um ponto final no esforço, por
meio da unidade, de todas as federações de CT’s
(FENNOCT, CRUZ AZUL, FEBRACT e FETEB) que, no ano de 2011, uniram-se com
o propósito de regular o trabalho de recuperação desenvolvido pelas Comunidades
Terapêuticas", diz o presidente da Confederação Nacional das Comunidades Terapêuticas (CONFENACT), Célio Luiz Barbosa.
O programa terapêutico a ser desenvolvido no período de
tratamento da Comunidade Terapêutica tem como objetivo ajudar o dependente
químico a se tornar uma pessoa livre através da mudança de seu estilo de vida.
A proposta da CT deve considerar que o dependente químico pode desenvolver – se
nas diversas dimensões de um ser humano integral através de uma comunicação
livre entre a equipe e os residentes, em uma organização solidária, democrática
e igualitária.
Podemos utilizar a
definição de CT de Maxwell Jones: “... grupo de pessoas que se unem com um
objetivo comum e que possui uma forte motivação para provocar mudanças”. Este
objetivo comum, na maioria das vezes, surge em um momento de crise onde o
individuo apresenta uma desestruturação na sua vida em todas as áreas: física,
mental, espiritual, social, familiar e profissional.
Neste momento que as pessoas diminuem as defesas,
resistências e demonstram maior disponibilidade e abertura a mudanças porque
não tem nada a perder. O objetivo da CT é o crescimento das pessoas através de
um processo individual e social; é o papel da equipe é ajudar o indivíduo a
desenvolver seu potencial.
O ambiente da CT deve possibilitar a aprendizagem social
oferecendo a oportunidade de interagir, escutar, aprender, projetar,
envolver-se e crescer de maneira que, normalmente reflita a capacidade e o
potencial individual e coletivo das pessoas que dele fazem parte.