quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Uma conquista justa e histórica



“Algumas vezes a doença pode nos ensinar o que a vida tem de valioso e nos permitir a vivê-la mais intensamente”, Olivers Sacks.

A regulamentação das Comunidades Terapêuticas, ao contrário do de pregam algumas entidades classistas, é sim uma conquista para todos os usuários deste método que existe antes mesmo de qualquer insinuação ou teoria mentalmente desequilibrada.

"Após muita luta, debate e reuniões, a aprovação do Marco Regulatório das Comunidades Terapêuticas põe um ponto final no esforço, por meio da unidade, de todas as federações de CT’s  (FENNOCT, CRUZ AZUL, FEBRACT e FETEB) que, no ano de 2011, uniram-se com o propósito de regular o trabalho de recuperação desenvolvido pelas Comunidades Terapêuticas", diz o presidente da Confederação Nacional das Comunidades Terapêuticas (CONFENACT), Célio Luiz Barbosa.

O programa terapêutico a ser desenvolvido no período de tratamento da Comunidade Terapêutica tem como objetivo ajudar o dependente químico a se tornar uma pessoa livre através da mudança de seu estilo de vida. A proposta da CT deve considerar que o dependente químico pode desenvolver – se nas diversas dimensões de um ser humano integral através de uma comunicação livre entre a equipe e os residentes, em uma organização solidária, democrática e igualitária.

Podemos utilizar a definição de CT de Maxwell Jones: “... grupo de pessoas que se unem com um objetivo comum e que possui uma forte motivação para provocar mudanças”. Este objetivo comum, na maioria das vezes, surge em um momento de crise onde o individuo apresenta uma desestruturação na sua vida em todas as áreas: física, mental, espiritual, social, familiar e profissional.

Neste momento que as pessoas diminuem as defesas, resistências e demonstram maior disponibilidade e abertura a mudanças porque não tem nada a perder. O objetivo da CT é o crescimento das pessoas através de um processo individual e social; é o papel da equipe é ajudar o indivíduo a desenvolver seu potencial.


O ambiente da CT deve possibilitar a aprendizagem social oferecendo a oportunidade de interagir, escutar, aprender, projetar, envolver-se e crescer de maneira que, normalmente reflita a capacidade e o potencial individual e coletivo das pessoas que dele fazem parte.