sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Não à escória, sim às CT's maiúsculas!


"Ao contrário do que se imagina por aí, o dependente, prisioneiro de sua compulsão, vai à CT em busca de liberdade".

Há muitas picaretas, mas não todas. Clínicas e centros dogmáticos camuflados na lei de regulamentação. Sim isso existe e é uma praga como a das moscas no Egito. Contudo, Comunidades Terapêuticas, com CT maiúsculas, sérias, que buscam o vínculo familiar, a reinserção e não institucionalizar do sujeito, devem ser respeitadas.

É uma forma da população desesperada tentar resolver uma questão complicada que o Estado, até então, dava as costas. Dizer que são, as Comunidades Terapêuticas, "o novo manicômio" é uma piada de mau gosto e de gente - militante da luta - despreparada sobre a problemática da toxicodependência.

Não há maneira melhor ou pior. Este é mais um recurso, cujo os resultados são justificados pela prática. Ao contrário do que se imagina por aí, o dependente, prisioneiro de sua compulsão, vai à CT em busca de liberdade.

Em muitos casos, a Redução de Danos também pode ser a alternativa para a situação do indivíduo dependente químico. Mas não misturem o joio com o trigo. O discurso político e teórico inflamado é lindo, contudo, as alternativas de tratamento oferecidas na rede de saúde mental no âmbito do SUS, na maioria dos casos, são ridiculamente ineficazes e aparelhadas com profissionais diplomados, sem qualquer ou nenhuma experiência, convivência ou preparo para lidar com indivíduos sejam portadores da síndrome da dependência ou manifestantes do sintoma social que circunda o toxicômano.

Gente precisa de gente para ser tratada. Me refiro a gente quem não é indicado politicamente ou apadrinhado para um fim público. A isto chamo de escória!