"Ao contrário do que se imagina por aí, o dependente, prisioneiro
de sua compulsão, vai à CT em busca de liberdade".
Há muitas picaretas,
mas não todas. Clínicas e centros dogmáticos camuflados na lei de
regulamentação. Sim isso existe e é uma praga como a das moscas no Egito.
Contudo, Comunidades Terapêuticas, com CT maiúsculas, sérias, que buscam o
vínculo familiar, a reinserção e não institucionalizar do sujeito, devem ser
respeitadas.
É uma forma da
população desesperada tentar resolver uma questão complicada que o Estado, até
então, dava as costas. Dizer que são, as Comunidades Terapêuticas,
"o novo manicômio" é uma piada de mau gosto e de gente - militante da
luta - despreparada sobre a problemática da toxicodependência.
Não há maneira melhor ou pior. Este é mais um recurso, cujo os resultados
são justificados pela prática. Ao contrário do que se imagina por aí, o
dependente, prisioneiro de sua compulsão, vai à CT em busca de liberdade.
Em muitos casos, a Redução de Danos também pode ser a alternativa para a
situação do indivíduo dependente químico. Mas não misturem o joio com o trigo.
O discurso político e teórico inflamado é lindo, contudo, as alternativas de
tratamento oferecidas na rede de saúde mental no âmbito do SUS, na maioria dos
casos, são ridiculamente ineficazes e aparelhadas com profissionais diplomados,
sem qualquer ou nenhuma experiência, convivência ou preparo para lidar com
indivíduos sejam portadores da síndrome da dependência ou manifestantes do
sintoma social que circunda o toxicômano.
Gente precisa de gente para ser tratada. Me refiro a gente quem não é
indicado politicamente ou apadrinhado para um fim público. A isto chamo de
escória!