“Você, criatura envergonhada. Aí eu te pergunto: o que
poderia querer dizer alguém sem vergonha?”, Clóvis de Barros Filho.
Não poderia deixar de prestigiar o evento mais importante
da semana (que vem), a 2ª Jornada de Difusão de Conhecimento do Direito do
Consumidor. Meu interesse em difusão, direito e consumo se resume ao simples
fato de que o conhecimento será transmitido pelo professor Clóvis de Barros
Filho na terça-feira.
Sou leitor voraz e tive o privilégio, por vídeo
conferência, de ser um aluno do curso de Ética proferido pelo professor doutor
e livre docente pela Universidade de São Paulo (USP). Ele tem uma capacidade
única de falar sobre assuntos complexos de forma acessível, com exemplos e
palavrões, do tipo paralelepípedos arremessáveis e vossas fontanelas.
A palestra que o professor vai proferir no Teatro Rubem
Braga - “Reflexões acerca do desejo: O conceito de desejo, suas manifestações e
sua relação com o consumo” – é uma questão que interessa a diversos campos do
saber.
Em sua obra com Júlio Pompeu, “Somos todos canalhas”,
Clovis de Barros desvela a busca de valores absolutos pelo homem, tais como o
bem, o sagrado, o justo e o belo.
A descrição do livro tem como principal carro chefe
“(...) a linguagem que já se tornou sua marca” Na obra, os dois, trazem as
raízes filosóficas e mostram a importância de entender o que é o valor em um
mundo onde predominam os homens incapazes de transcender o próprio umbigo – em
uma palavra, os canalhas.
Em entrevista espetacular ao Programa do Jô, acessível no
YouTube, logo de cara ele ficou famoso por declarar que gostaria de apalpar os
glúteos apetecíveis de quase todas as suas alunas. Trocando em miúdos: bundas
gostosas.
Questionado se repercutiu a entrevista em que fez tal
declaração ele respondeu que as alunas passavam por ele no corredor com os
glúteos voltados para as paredes. Claro que foi uma forma de exemplificar a
questão do desejo e da moral. O desejo manifesta em nós sem que possamos
controlar. Já a moral é o que você faz com esses desejos.
Ele logo esclareceu que os apetites são uma coisa e
existe a moral que é a possibilidade soberana de controlar nossos desejos e,
portanto, possibilitar acordos entre as duas partes. Por exemplo, apenas apalpo
os glúteos de quem me autoriza.
E, portanto, todos têm estes apetites. Não adianta
negar. Se alguém perguntar a minha
esposa o que ela acha disso tudo, por exemplo, repetido o professor, em se
tratando de apetite por glúteos, ela é a mais agraciada pelas minhas
inclinações.