“O nível de estresse de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de foda-se que ela fala".
Você já levantou com alguém falando merda sobre você? Todo
mundo tem uma história triste. Mas tristeza sem fim é um sintoma que é ativado
no instante em que pessoas pretensiosas detentoras de pequenos poderes dizem o
que acha que está certo ou errado com as outras. Errado é ter que explicar o
inexplicável para gente que não entende porra nenhuma.
Pensem comigo (se é que fazem isso). É desse jeito. Se
quiser bem, se não? Foda-se. Palavra libertadora. Deveríamos tê-la usado mais.
Evitaria tantos psicoativos para escapar da realidade estressante.
A Bienal acabou. Foi um sucesso. Mas, os prazos para
escrever nas revistas acadêmicas e as aulas para dar, os cursos para terminar e
as orientações para dar... Rondam a minha porta como um fantasma. Claro que tenho
pessoas do meu lado, mas tentam compreender o que passa na minha cabeça
grisalha. Eu não entendo... Como podem ter razão sobre algo que não lhes
competem. É uma razão inadequada. Por isso, não me interessam padronizações.
São irritantes.
Já dizia um texto de autoria desconhecida... Existe algo
mais libertário do que o conceito do foda-se? O foda-se (...) reorganiza as
coisas, liberta. Não quer sair comigo? Então foda-se! Vai querer decidir sozinho
(a) mesmo? Então foda-se! A política está uma bosta? Foda-se! Não quer falar
comigo? Foda-se! O direito ao foda-se deveria estar assegurado na Constituição
Federal. Termina a abertura do texto “Direito ao foda-se!”
Tem uma palavrinha educada para substituir o foda-se! Só que
não tem a mesma potência. Um foda-se bem dado é melhor do que mil dane-se.
Aqui jaz uma “vestimenta” elitista nos meus textos. Um
rompimento por completo. Com a linguagem “adequada” ao gosto de alguns leitores.
Escrevo para me libertar e não para agradar a plateia. Quem não quiser ler...
Foda-se!