segunda-feira, 6 de junho de 2016

Foda-se!


“O nível de estresse de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de foda-se que ela fala".

Você já levantou com alguém falando merda sobre você? Todo mundo tem uma história triste. Mas tristeza sem fim é um sintoma que é ativado no instante em que pessoas pretensiosas detentoras de pequenos poderes dizem o que acha que está certo ou errado com as outras. Errado é ter que explicar o inexplicável para gente que não entende porra nenhuma.

Pensem comigo (se é que fazem isso). É desse jeito. Se quiser bem, se não? Foda-se. Palavra libertadora. Deveríamos tê-la usado mais. Evitaria tantos psicoativos para escapar da realidade estressante.  

A Bienal acabou. Foi um sucesso. Mas, os prazos para escrever nas revistas acadêmicas e as aulas para dar, os cursos para terminar e as orientações para dar... Rondam a minha porta como um fantasma. Claro que tenho pessoas do meu lado, mas tentam compreender o que passa na minha cabeça grisalha. Eu não entendo... Como podem ter razão sobre algo que não lhes competem. É uma razão inadequada. Por isso, não me interessam padronizações. São irritantes.     

Já dizia um texto de autoria desconhecida... Existe algo mais libertário do que o conceito do foda-se? O foda-se (...) reorganiza as coisas, liberta. Não quer sair comigo? Então foda-se! Vai querer decidir sozinho (a) mesmo? Então foda-se! A política está uma bosta? Foda-se! Não quer falar comigo? Foda-se! O direito ao foda-se deveria estar assegurado na Constituição Federal. Termina a abertura do texto “Direito ao foda-se!”

Tem uma palavrinha educada para substituir o foda-se! Só que não tem a mesma potência. Um foda-se bem dado é melhor do que mil dane-se.

Aqui jaz uma “vestimenta” elitista nos meus textos. Um rompimento por completo. Com a linguagem “adequada” ao gosto de alguns leitores. Escrevo para me libertar e não para agradar a plateia. Quem não quiser ler... Foda-se!